Outra coisa qualquer
Já sei que vão desancar-me mas apetece-me dizê-lo na mesma: A proliferação das bandeiras nacionais por ocasião dos jogos de futebol é uma patetice serôdia.
Não chega a ser um gesto nacionalista (no bom sentido, entenda-se) porque as pessoas que as vestem à laia de saiotes, penduram na janela da marquise e vestem como avental nos cafés (como já vi), não associam em nada a bandeira à sua Nação.
Elas, simplesmente, recorrem à bandeira como o único motivo pictórico que as une. Um ícone pop/folcórico, um adereço mais para estar na moda Futebol/Verão 2006.
É-me indiferente, isto. Penso que a bandeira não precisa de impor respeito. Que uma bandeira hasteada, uma bandeira sobre um caixão, uma bandeira numa batalha, impõe sempre respeito por natureza. Porque sempre foi assim e porque a ela se associa a Vida e a Morte de gerações.
Que façam com ela o que quiserem. Que lhe incluam logotipos à vontade. Mas por mais que digam, já não é a nossa bandeira. Passa a ser outra coisa qualquer.