A mulher que matou Salazar
Santa Comba (ver o meu post anterior) lembrou-me Salazar e este recordou-me a história que me contou o Filipe Vieira de Castro, arqueológo subaquático extraordinaire.
O Filipe conhece a mulher e jura a pés juntos que o que ele conta é verdade: Ela (vamos chamar-lhe simplesmente Isabel) trabalhava no Forte de Santo António do Estoril. Um dia, involuntariamente, parte uma cadeira de lona. Com vergonha, decide fechar de novo a cadeira e encostá-la algures, fazer de conta que nada aconteceu.
Quinze dias depois, o Ditador sofre o acidente que lhe provocaria a morte. Durante anos, até ao 25 de Abril, a mulher vive assombrada pela culpa. Depois da revolução, o conhecimento dos seus actos suaviza-lhe a consciência.
Ainda vive, diz o Filipe, a mulher que matou Salazar. Uma personagem que fez História e que a História ignora. Caso para dizer: Se não é verdade, é bem achada.