quinta-feira, maio 04, 2006

JAS e Freud


JAS disse ontem que quer vender 50 mil exemplares no primeiro ano do novo semanário Sol. Já estive à frente de um semanário e sei como o mercado é duro, sobretudo porque é quase inexistente. Este é um País que, infelizmente, não lê. Países como a Dinamarca têm jornais que vendem muitos milhares de exemplares, com uma diferença óbvia: São países onde ler um jornal faz parte do hábito quotidiano, é um acto de cultura, contribui para o enriquecimento pessoal e é considerado indispensável.
O mercado que existe por cá é escasso e é conquistável sobretudo aos outros, aos concorrentes directos. Há que ser sempre melhor que os outros, ter informação privilegiada, chegar primeiro, não falhar, ser credível. Ou seja, embora o arquitecto tenha garantido que o seu adversário não é o Expresso, pode-se depreender que a afirmação é freudiana. Primeiro porque é a negação do que ele realmente quer, depois porque o desejo de matar o "pai" (leia-se o "Tio Chico") deve ser mais que muito, por várias razões. Eu cá não dispenso os óculos escuros, venha de lá um bom Sol...