Amigo do seu amigo
Como é evidente, Paulo Gorjão saiu em defesa de José Pacheco Pereira. E logo com uma pérola: "A mim, por sua vez, ninguém me pediu para defender José Pacheco Pereira, mas não compreendo qual é a dificuldade em perceber que extraparlamentar quer dizer à margem do Parlamento". O problema é justamente esse, PG, é que o seu amigo JPP defendeu uma Comissão de Ética de composição "extraparlamentar" (é muito difícil perceber?), com antigos presidentes da Assembleia da República, ex-deputados (entre os quais, ele de certo) e outras personalidades de relevo (ele, à cabeça). Só se esqueceu de falar no presidente da dita comissão, mas acredito - e deixo aqui a sugestão - que só poderia estar a pensar nele próprio.
Claro que é "à margem" do Parlamento, só pode. Porque se trata de figuras não eleitas pelos portugueses. Quando lançou a ideia no tal debate, JPP não estaria à espera que a imprensa lhe desse tanta importância, porque não levava o soundbyte bem sustentado. Nem contava que o PS (como hoje se pode ler nos jornais) lhe viesse a cair em cima. Ele queria contribuir para o show, deixando depois no ar a forma como a proposta iria ser interpretada, lida e seguida. Só que, com o pouco que disse, e como estamos num País onde as interpretações jornalísticas ainda são livres, foram feitas leituras com as quais ele não contava. Azar.
Quanto ao "chutar para o lado", o Paulo engana-se. Não o fiz. Só acho, e repito, que a respostas às suas perguntas são demasiado óbvias. E não, nunca lhe fiz nenhum ataque ad hominem. O mesmo não se pode dizer de si e de algumas insinuações que tem lançado por aí. Mas mantenho o respeito que tinha por si, apesar de achar que você entrou por campos onde não o esperava ver entrar. Enfim, cada um escolhe o caminho que quer ir caminhando. Você escolheu o seu, lá isso escolheu...