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Chamava-se
Henri Salvador. Era o último dos grandes “crooners” de língua francesa, um nómada sempre em busca das emoções e dos prazeres. Descobri-o na sua última fase, em que interpretava temas de Benjamin Biolay ou Karen Ann Ziedel. Recordo uma, ao acaso, linda, “J’ai Vu”. Onde cantava com os olhos virados para o horizonte, para o mar:
“J’ai Vu/Tant de mers tant de rivages/Tant de ciels de paysages/j’ai vu/Tant d’escales et tant de ports”.
Tinha 90 anos. Uma vida cheia de rotas e destinos. Como só alguns têm o privilégio de ter.