A oeste nada de novo
Ao contrário da agenda mediática norte-americana que durante 2008 vai vibrar com as eleições para a presidência, aqui no nosso pacato burgo não se prevêem acontecimentos de monta e o negócio prevê-se chocho. Com uma oposição tolhida, sem liderança ou projecto, e um “mercado” pouco atreito às “questões de fundo”, os media estarão condenados a uma agenda política estéril, a faits divers como fumos, comidas e licores.
Para boas e lucrativas manchetes, além da rosada “socialite” nacional, resta explorar os cada vez mais surpreendentes e imaginativos crimes, autênticas coboiadas à moda do Oeste (que afinal é o nosso novo lugar na Europa): crimes de faca e alguidar, da noite branca, e também da negra, dos tiros para o ar ou para quem estiver no caminho. A menos que surja uma tragédia natural ou uma inadvertida gaffe socrática que estremeça a modorra nacional. O povo, esse arrastar-se-á carregado de dívidas e de impostos, de telemóvel em riste à cata duma mensagem redentora, sem perspectivas, à espera de nada. Um nada que, das desgraças possíveis, certamente será a menos má.
Para boas e lucrativas manchetes, além da rosada “socialite” nacional, resta explorar os cada vez mais surpreendentes e imaginativos crimes, autênticas coboiadas à moda do Oeste (que afinal é o nosso novo lugar na Europa): crimes de faca e alguidar, da noite branca, e também da negra, dos tiros para o ar ou para quem estiver no caminho. A menos que surja uma tragédia natural ou uma inadvertida gaffe socrática que estremeça a modorra nacional. O povo, esse arrastar-se-á carregado de dívidas e de impostos, de telemóvel em riste à cata duma mensagem redentora, sem perspectivas, à espera de nada. Um nada que, das desgraças possíveis, certamente será a menos má.
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