O ano começa bem
O Quénia, que costumava ser um dos países mais estáveis de África, rebenta em conflitos tribais que já provocaram pelo menos 342 mortos e cem mil desalojados. Um grupo armado na Nigéria promete "luta sangrenta" contra o poder. O preço do petróleo dispara: um barril já custa a módica quantia de cem dólares. Um dos gatos fedorentos é apanhado a conduzir bêbedo na primeira noite de 2008. Réveillon original em Lisboa e Gaia: um jovem e uma menina morrem atingidos por "tiros para o ar" que substituem as tradicionais 12 passas da meia-noite. Sabe-se agora que Joe Berardo e outros accionistas que apoiam a dupla Santos Ferreira-Armando Vara para a administração do Banco Comercial Português receberam empréstimos da Caixa Geral de Depósitos, caucionados pela mesma dupla, para comprarem acções do BCP. O rali Lisboa-Dacar é anulado por motivos de "segurança": outra vitória para o terrorismo islâmico, que vai impondo a lei da bala sem necessidade de disparar tiros. Ferro Rodrigues, do seu suave exílio parisiense, recomenda menos "arrogância" ao Governo. Manuel Alegre proclama que o papel da esquerda "é inventar soluções". Um rapaz de 19 anos imolou-se pelo fogo em Coimbra: antes de falecer, esclareceu que se limitara a receber ordens "de uma voz". Sporting e Benfica entregam ao Porto o título antecipadíssimo no futebol. Cristiano Ronaldo tem nova namorada, com nome apropriado: chama-se Débora Carina.
O ano começa bem.
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