segunda-feira, janeiro 21, 2008

Divagações e sugestões

Estou com uma carraspana que mete medo. Acordei nostálgico dos tempos de outrora em que usava lenços de pano em linho egípcio com um jotazinho bordado e perguntei-me, entre fungadelas, por que razão a minha vidinha tem vindo sempre a descer desde então, numa ladeira inclinada em direcção aos lenços Classic marca branca do Carrefour.
Ontem, razão do meu estado gripal de hoje, dei por mim no Alentejo decidido a regressar ao Sampaio, no Escoural. O Sampaio é uma padaria/pastelaria/Casa de Chá com uns bolinhos secos e um pão que dão vontade de invocar Deus mesmo ali, numa terra que ostenta nas fachadas poemas dedicados a Vasco Gonçalves por um conhecido poeta. Sadly, descobri que o Sampaio encerra aos domingos e segundas. Dei por mim a folhear a Caras na pastelaria Camelo e saí de lá com as defesas tão em baixo que o virus da gripe aproveitou para as transpor, o mafarrico.
Nesta altura do campeonato, estarão V.Exas a perguntar-se: «O que é que isto nos interessa? Este gajo não tem amigos?» ou a vociferar «Mas afinal este rapazinho não se enxerga? Por que é que não pede colinho à mamã?». É compreensível, todo esse questionar. Mas sossegai, exigente público. Todo este intróito teve como finalidade dizer-vos que hoje, no seu Floresta do Sul, o António Manuel Venda recuperou um excelente texto sobre o Manuel Azinheirinha, restaurante do Escoural dos mais insignes. Podeis lê-lo e salivar em abundância. Depois, ide conhecê-lo, ao Manuel, ide. Não vos arrependereis (Atchim!).

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