A coleção "do Bernardo"
A exposição de Joe Berardo no CCB é catita, mas peca por uma falta de rigor assustadora. Por exemplo, logo numa das primeiras salas é projectado um vídeo de textos de Mário Henrique Leiria (os "Contos do Gin Tónico") ditos por "Mário Viega" (sic). Chamei a atenção de um funcionário para a gralha, mas ele respondeu-me com risinhos que sim, que já sabiam, dando a entender que toda a gente dizia o mesmo e tornando absurdo o não ter ainda sido emendado. Coisas deste tipo deixaram-me insegura perante uma sala repleta de ecrãs de computador a piscarem sem sentido. Imagino o pessoal da intalação, depois de ter pintado a placa do "Viega":
- Oh Fernando pá, não consigo ligar esta porcaria. Está só a piscar a preto e branco!
- Deixa assim, oh Antunes. Achas que alguém vai reparar? Dahaaaaaa!
O pior de tudo foram umas tíbias pregadas na parede em forma de "x" com estranhos adornos.
- Fónix, Antunes, já lixaste a "tíbia de vestruz, símbolo de uma espécie que tende a fugir dos problemas". És sempre a mesma coisa!
- Que' sa lixe, ó Saraiva. Ponho aqui umas bolas de Natal e vais ver se não marcha.
Se forem ver a exposição, digam-me sinceramente o que acharam das tíbias com as fitas e bolas de Natal.
Se forem ver a exposição, digam-me sinceramente o que acharam das tíbias com as fitas e bolas de Natal.