terça-feira, janeiro 22, 2008

É a América, estúpidos!


Uma lágrima, o mais pungente sinal exterior de feminilidade, foi quanto bastou para ela vencer em New Hampshire. Agora, na Carolina do Sul – estado negro – espera-se a vitória dele.
Por muito que tentem elaborar sobre matérias bem mais relevantes para o futuro dos EUA, os eleitores democratas avaliarão Hillary e Obama primeiro que tudo em função do seu género e da sua cor e não das suas diferenças enquanto políticos. Em se tratando de escolher entre um homem e uma mulher ou entre um branco e um negro tudo o resto parece perder dimensão.
Não deixa, porém, de ser irónico que o futuro líder político mais influente e poderoso do mundo se arrisque, em última análise, a ser escolhido por características que lhe escapam e completamente alheias à sua capacidade de governação.