domingo, dezembro 30, 2007

Prosperidade

Já no Natal foi assim. Agora, à beira da passagem de ano, repete-se a cena. O telemóvel estremece a todo o tempo com mensagens de boas-festas impessoais e padronizadas - daquelas frases ocas que tanto podem ser ditas a um vizinho como a um vago conhecido ou até a uma árvore da avenida. Mas o mais engraçado é que muitas vezes o remetente nem se dá ao trabalho de assinar a mensagem, o que a torna tão irrelevante como inútil. Ainda agorei mirei os algarismos na vaga esperança de reconhecer o número de quem acabou de me desejar "um ano cheio de prosperidade". Em vão: não faço a mais remota ideia. Será algum benemérito com vontade de engordar ainda mais os lucros das operadoras móveis? Se não é, parece. E parece também haver muita gente a partilhar deste objectivo. Um 2008 cheio de facturas telefónicas para pagar, é o que lhes auguro desde já.

Etiquetas: