Demolir é o melhor remédio
Eu sei que fica muito bem em revistas de arquitectura ou em reportagens sobre a "Lisboa moderna", e que, na euforia da Expo'98, só olhámos para a sua espectacularidade quando foi inaugurada. Mas, para mim, a Gare do Oriente é uma das obras mais absurdas que já se construiram na cidade. Feia, com o betão que aparece a dar-lhe um ar rasca e sempre inacabado, sem conforto, com o vento frio (mesmo no Verão) a entrar por todos os lados, com os vidros sujos pela inevitável poluição e difíceis de limpar, confusa, sem se perceber onde são as plataformas e as ligações com a superfície e o metro, sempre que lá fui fiquei arrependido de não ter ido apanhar o comboio a Santa Apolónia.
Por isso, tremi quando hoje ouvi num telejornal que querem fazer dela a estação central do prometido comboio de alta velocidade e que vão encomendar estudos ao infeliz arquitecto que a concebeu, o espanhol Santiago Calatrava. Eu sei que ele é considerado um génio e até já admirei obras suas, como as pontes em Bilbau e em Mérida, por exemplo. Mas em Lisboa não acertou. O único remédio é demolir o monstrengo e fazer algo menos espectacular mas bem mais funcional e confortável. Os utentes agradecem.
Por isso, tremi quando hoje ouvi num telejornal que querem fazer dela a estação central do prometido comboio de alta velocidade e que vão encomendar estudos ao infeliz arquitecto que a concebeu, o espanhol Santiago Calatrava. Eu sei que ele é considerado um génio e até já admirei obras suas, como as pontes em Bilbau e em Mérida, por exemplo. Mas em Lisboa não acertou. O único remédio é demolir o monstrengo e fazer algo menos espectacular mas bem mais funcional e confortável. Os utentes agradecem.
Foto: Vítor Ribeiro