domingo, outubro 14, 2007

PSD: notas do congresso (19)

Não foi um congresso do partido: foi um congresso de meio partido. O outro, que nada tem a ver com este, já está a afiar facas. Ouçamos Marcelo Rebelo de Sousa logo à noite, espreitemos os textos de Pacheco Pereira daqui a nada. Interpretemos o pesadíssimo silêncio do ausente Rui Rio, que já começou a correr por fora. E não só. Vejamos com quem nos próximos dias almoçará ou jantará Paulo Portas, naturalmente preocupado com esta concorrência alaranjada. Espreitemos certos editoriais de certa imprensa e a coluna engagé de José António Lima no Sol. Analisemos os recados das perpétuas "reservas" do PSD nas páginas do conspícuo Expresso. Já se ouve o tinir das espadas, como dizia o general Carmona em vésperas do 28 de Maio. Luís Filipe Menezes passou para o outro lado do espelho: sai de Torres Vedras como líder de meio partido. Só liderará todo o partido no caso de uma vitória eleitoral - nunca antes de 2009. Ou quando ocorrer a cisão que me parece cada vez mais inevitável.

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