sexta-feira, outubro 26, 2007

Fa, fe, fi, fo, FU

Falava-se já no início da semana das fortes probabilidades de ser hoje lançada uma OPA, após o fecho de Bolsa. Ao anunciar a operação com o formato de «oferta amigável», o BPI antecipou-se e colocou 15 de Novembro como data limite para a coisa ir a bem. Caso contrário, será o mercado a decidir. Há outras instituições de olhos postos no Millenniumbcp e não só espanholas, mas Fernando Ulrich tem todos os trunfos a seu favor: A luz verde mais do que evidente das autoridades reguladoras (que aprovaram a OPA anterior com um racional semelhante), a chancela do Governo e do Banco de Portugal e aquilo a que se chama goodwill no que respeita à instituição e à marca BPI junto dos seus stakeholders. Quanto aos trabalhadores, o anúncio de não encerramento de balcões (salvo disposição contrária da AdC) tem efeitos adicionais apaziguadores.
A carta fora do baralho na conjugação de interesses seria o La Caixa e o seu peso no novo banco a criar. Mas, aos responsáveis do La Caixa, também não convém ir longe demais. Aumentar a sua participação levantaria problemas políticos internos e externos. Ao banco mutualista catalão, dá jeito ter um braço comercial forte em Portugal através de um parceiro. E poderá tê-lo sem necessidade de ultrapassar o ponto de equilíbrio.
Posição a seguir será a de Joe Berardo, accionista de ambos os bancos e particularmente crítico da gestão de FU durante o processo da OPA lançada por Teixeira Pinto. Vamos ver, desta vez, que soundbytes sairão da boca do polémico comendador

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