sábado, setembro 29, 2007

Os barões assinalados


Catastrofista, eu? Apocalíptico, eu? Leiam o que vai por essa blogosfera fora, escassas horas após a vitória de Luís Filipe Menezes no PSD. Reparem bem na manchete do Expresso, que mesmo tendo fechado ontem a edição à hora em que abriram as urnas já proclama: "Notáveis do PSD contra as directas." Lá vem o inevitável desfile dos barões assinalados. Morais Sarmento, no intervalo entre dois mergulhos em águas tépidas, garante com enfastiamento que "o seu nome voltará para a guerra da sucessão". Arnaut promete empenhar-se "com mais fulgor" na vida do partido para fazer eleger Rui Rio, "o homem que este ex-secretário-geral do partido sonha ver ao leme" do PSD. Aguiar Branco, que no Verão avançou meio passo para logo recuar em toda a linha, "não afasta a hipótese de repensar o assunto se uma nova disputa surgir no horizonte".
Ou seja: não aprenderam nada nem esqueceram nada. O partido a que julgam pertencer já não é o deles. Nem de ninguém, pois desfez-se em cacos.
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Entretanto, vale a pena ler:
- Nada será igual, do Carlos Abreu Amorim. No Blasfémias.
- Menezes, do Francisco José Viegas. N' A Origem das Espécies.
- Menezes, do João Gonçalves. No Portugal dos Pequeninos.
- A culpa é dos ausentes, do Adolfo Mesquita Nunes, n' A Arte da Fuga.
- PSD (7), de Vital Moreira. Na Causa Nossa.

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