sexta-feira, junho 15, 2007

Os vizinhos em festa


Hoje, no país vizinho (incluindo Olivença), celebram-se os 30 anos das primeiras eleições gerais democráticas. Durante muito tempo consensualmente classificada como um processo sem fracturas e marcado pela estabilidade institucional, a transição é hoje alvo de uma análise bem menos idílica por parte de diversos investigadores. Para Nicolás Sartorius e Alberto Sabio, por exemplo e como pôde ler-se ontem no suplemento «El Cultural» do El Mundo, ela «foi um momento de convulsão, muitas vezes caótico, outras vezes sangrento, sempre incerto» («El Final de la Dictadura», Temas de Hoy). O que ninguém parece questionar é o desenvolvimento alcançado pela Espanha neste período. Como escreve aqui Juan Luis Cebrián, «três décadas mais tarde, este país, para utilizar uma frase não muito brilhante de um antigo vice-presidente do Governo, está irreconhecível mesmo para a mãe que o pariu». Por cá, parece-me que a nossa mãe ainda nos toparia à légua. Foto roubada à edição online do El Pais.

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