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Afinal, o candidato do CDS/PP à Câmara Municipal de Lisboa nas eleições intercalares entretanto marcadas para dia 15 de Julho é Telmo Correia e não Luís Nobre Guedes. Em vez do antigo "super-ministro" do Ambiente, avança o antigo "super-ministro" do Turismo, ambos no fugaz Governo de Santana Lopes. Parece que Paulo Portas vê em Telmo "um excelente orador", característica que de certo faz a diferença no embate autárquico lisboeta.
Acontece que não é a primeira vez que Portas faz uma destas, ao fazer veicular um nome nos media para depois optar por outro, porque de alguma maneira os dados em causa mudaram. Ele, que é o verdadeiro causador da confusão, fica impávido e sereno, como se não fosse da sua conta. Há uns anos lembro-me de Portas ter feito saber que o CDS iria avançar com um certo candidato nas presidenciais de 2001. Um jornal influente chegou a fazer manchete disso, sendo desmentido no próprio dia e em pleno congresso com a apresentação de outro nome. Acontece que o nome que iria avançar para as presidenciais era o do monárquico Paulo Portas, que na hora H resolveu recuar e fazer avançar Basílio Horta, que nem chegou a ir a votos contra Jorge Sampaio e Joaquim Ferreira do Amaral. O mais grave é que as notícias de Portas candidato presidencial, tal como a de Guedes candidato autárquico, são sopradas pelo próprio líder do CDS/PP. O mesmo que há uns anos se queixava de ter sido enganado por Marcelo Rebelo de Sousa, com uma suposta não-história do Conselho de Estado. Há quem não tenha emenda.