Firme e hirto
Hoje, durante o debate mensal, Paulo Portas disse a José Sócrates que tinha voltado para lhe fazer uma oposição "firmíssima". Sócrates respondeu-lhe que se fosse só firme compreendia, agora "firmíssima" denotava alguma insegurança.
De facto, e à primeira vista, o regresso de Portas não correu às mil maravilhas. Apareceu no debate mensal sem ideias (a segunda ronda foi até ligeiramente patética) e a achar-se o melhor condutor do mundo. Da soberba sobrou a ideia de passar os debates mensais a meia hora por semana. Sócrates, esperto que nem um carapau, aceitou logo - mesmo dando de barato que já tinha concordado com um modelo semelhante ao actual mas mais leve no projecto de reforma do Parlamento do seu potencial sucessor, António José Seguro.
O primeiro-ministro não quis acreditar na esmola. Portas voltou manso como um cão amestrado. Marcelo Rebelo de Sousa e Manuela Ferreira Leite tinham razão: até podíamos ter a ilusão de pensar que Portas voltaria para complicar a vida a Sócrates e, por arrasto, a Marques Mendes. Afinal veio mesmo para ser o seguro de vida de Sócrates para 2009. Se falhar a maioria absoluta, há sempre ali um partido à disposição para aprovar uns orçamentos, deixar passar umas propostas de lei e, no limite, fazer um acordo de incidência parlamentar, aceitando uns lugarejos no melhor que o Estado tiver para oferecer. A nova embalagem de Portas tem mesmo sabor a queijo...
De facto, e à primeira vista, o regresso de Portas não correu às mil maravilhas. Apareceu no debate mensal sem ideias (a segunda ronda foi até ligeiramente patética) e a achar-se o melhor condutor do mundo. Da soberba sobrou a ideia de passar os debates mensais a meia hora por semana. Sócrates, esperto que nem um carapau, aceitou logo - mesmo dando de barato que já tinha concordado com um modelo semelhante ao actual mas mais leve no projecto de reforma do Parlamento do seu potencial sucessor, António José Seguro.
O primeiro-ministro não quis acreditar na esmola. Portas voltou manso como um cão amestrado. Marcelo Rebelo de Sousa e Manuela Ferreira Leite tinham razão: até podíamos ter a ilusão de pensar que Portas voltaria para complicar a vida a Sócrates e, por arrasto, a Marques Mendes. Afinal veio mesmo para ser o seguro de vida de Sócrates para 2009. Se falhar a maioria absoluta, há sempre ali um partido à disposição para aprovar uns orçamentos, deixar passar umas propostas de lei e, no limite, fazer um acordo de incidência parlamentar, aceitando uns lugarejos no melhor que o Estado tiver para oferecer. A nova embalagem de Portas tem mesmo sabor a queijo...