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Tenho consciência de que isto, vindo de mim, pode parecer incongruente. Mas a revista FHM está uma decadência consumada. Podia desfilar aqui, e desfilo, o rol de motivos que estão na base desta polémica afirmação: As anedotas com décadas de estupidez transmitida ao longo de gerações; as pseudo histórias vividas pelas leitoras que já eu lia quando folheava as revistas pseudo pornográficas do meu pai; os conselhos de engate que parecem ser dados a rapazinhos que nunca viram uma mulher em 3D na vida ou, simplesmente, aquela entrevista à rapariga da capa que acaba com o jornalista a dizer «estamos satisfeitos». Para além, acrescente-se, daquele permanente salivar da prosa de quem priva com gajas boas todos os dias e ainda é pago para isso, mas continua ter a que parecer que tira daí alguma satisfação e nem precisa do ordenado.
É certo que, nos píncaros da mencionada decadência, a melhor peça do último número da revista (literariamente falando) é a experiência de um redactor da FHM no Second Life, na vã tentativa de abrir um bar onde se jogue aos dardos e ao snooker. Mas também é certo que o artigo é tão, tão desenquadradamente bom, porque é escrito por um inglês. Tudo o resto é triste e não é fado, mas antes uma música de elevador para entreter quem não pode comprar as t-shirts a cento e tal euros, os gadgets que custam balúrdios, ou as acompanhantes a 150 paus a hora. É a modos que assim triste, muito triste. Como se não houvesse lugar para o amor. E um homem e uma mulher fossem coisas tão artificiais como um ecrã de plasma, onde imagens e legendas só falam do que não queremos ter, a não ser que não tenhamos uma vida. Ou sejamos qualquer coisa de imbecil, olhando para uma mulher como cãezinhos ou engatatões ao bom estilo da Mouraria antes de começarem a levar estalo das ditas. Enfim...um anacronismo que se alimenta dos subúrbios da alma. Adenda: Caro Pedro, não linko o nome porque não me parece coerente ligá-lo para a Atlântico. Mas aqui estou, de braços e estômago abertos, pronto para o contraditório e tendo por ti a amizade e reconhecimento que sempre tive. Agora, ele há coisas que um homem tem que dizer quando as sente. E hoje, ao ler a revista de fio a pavio, senti-as. Um abraço.
É certo que, nos píncaros da mencionada decadência, a melhor peça do último número da revista (literariamente falando) é a experiência de um redactor da FHM no Second Life, na vã tentativa de abrir um bar onde se jogue aos dardos e ao snooker. Mas também é certo que o artigo é tão, tão desenquadradamente bom, porque é escrito por um inglês. Tudo o resto é triste e não é fado, mas antes uma música de elevador para entreter quem não pode comprar as t-shirts a cento e tal euros, os gadgets que custam balúrdios, ou as acompanhantes a 150 paus a hora. É a modos que assim triste, muito triste. Como se não houvesse lugar para o amor. E um homem e uma mulher fossem coisas tão artificiais como um ecrã de plasma, onde imagens e legendas só falam do que não queremos ter, a não ser que não tenhamos uma vida. Ou sejamos qualquer coisa de imbecil, olhando para uma mulher como cãezinhos ou engatatões ao bom estilo da Mouraria antes de começarem a levar estalo das ditas. Enfim...um anacronismo que se alimenta dos subúrbios da alma. Adenda: Caro Pedro, não linko o nome porque não me parece coerente ligá-lo para a Atlântico. Mas aqui estou, de braços e estômago abertos, pronto para o contraditório e tendo por ti a amizade e reconhecimento que sempre tive. Agora, ele há coisas que um homem tem que dizer quando as sente. E hoje, ao ler a revista de fio a pavio, senti-as. Um abraço.
Etiquetas: Imprensa