O melhor filme de 2006

Match Point. Melodrama, policial, comédia de costumes: todos estes ingredientes combinados no regresso de Woody Allen às obras-primas, trocando desta vez a sua Nova Iorque natal por Londres (e há muito tempo que a capital britânica não parecia tão fotogénica). Quem disse que a criatividade depende do bilhete de identidade? O septuagenário autor de Annie Hall traça um retrato impiedoso desta época em que todos os valores parecem submetidos ao deus-dinheiro. Sem se esquecer de sorrir à vida nem nunca nos impingir cartilhas ideológicas em jeito de resposta fácil às grandes questões do nosso tempo. E com a vantagem acrescida de dar um papel de antologia a Scarlett Johansson, simplesmente a melhor actriz norte-americana da novíssima geração. Uma diva. Uma deusa. Uma estrela.

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Outros filmes de que gostei muito: Munique (Steven Spielberg), Nada a Esconder (Michael Haneke), A Criança (Jean-Pierre e Luc Dardenne); Golpe a Frio (Harold Ramis), Os Bastidores da Rádio (Robert Altman), Infame (Douglas McGrath) e A Rainha (Stephen Frears).

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E a melhor reposição do ano nas salas de cinema em 2006: o deslumbrante, o genial, o inesquecível O Leopardo (Luchino Visconti, 1963).