Um problema de aritmética
O Diário Económico cita um estudo do Ministério das Finanças segundo o qual, em 2005, o Quadro Comunitário de Apoio (QCA) “alavancou” a economia portuguesa em 1,5% do PIB. Traduzido por miúdos, isto significa que o dinheiro vindo de Bruxelas teve um efeito de enriquecer o País em 1,5%, em 2005. No mesmo jornal, algumas páginas antes, pode constatar-se que o crescimento económico português, em 2005, atingiu a veloz medida de 0,4%. Ou seja, sem União Europeia, teria havido uma contracção económica de 1,1%. O mesmo raciocínio pode aplicar-se a 2006. A alavanca europeia desloca-nos para cima 1,5%; a economia deverá crescer 1,2%. Portanto, a contracção será de 0,3%. Mas como o primeiro-ministro acha que a situação já está a melhorar e que até há sinais disso, enfim, deve ser da minha aritmética...