História de algibeira (9)
"Chronicas do Porto"
[Sobre a epoca lyrica no S.João]
"E eu , adivinhando tudo isto, lembro-me se a entrada gloriosa da musica, não será um motivo forte de desalento para o sexo barbado, que tem responsbilidades de família! Isto sugere-meo caso de certo brasileiro de Camillo, que se fez atheu, para não levar a mulher à missa, que inventou a gotta nos joanetes, para não calçar botas de vitella franceza, e que se declarou surdo para não ir ao theatro. Não desejo, porém, que o eterno feminino do Porto me chame barbaro; e sempre lhe direi que a primeira noite de opera em S. João todos os annos, é um verdadeiro mimo de graça, de belleza e de arte, de phantasia, de gosto e de seducção, tantas as mulheres bonitas que ali se dão "rendez-vous" e tanto a sala se ilumina da luz de um amoroso sonho."
Último parágrafo das ""Chronicas do Porto" , da autoria de João Grave, publicadas no Diário de Notícias de 21 de Novembro de 1904.
[Sobre a epoca lyrica no S.João]
"E eu , adivinhando tudo isto, lembro-me se a entrada gloriosa da musica, não será um motivo forte de desalento para o sexo barbado, que tem responsbilidades de família! Isto sugere-meo caso de certo brasileiro de Camillo, que se fez atheu, para não levar a mulher à missa, que inventou a gotta nos joanetes, para não calçar botas de vitella franceza, e que se declarou surdo para não ir ao theatro. Não desejo, porém, que o eterno feminino do Porto me chame barbaro; e sempre lhe direi que a primeira noite de opera em S. João todos os annos, é um verdadeiro mimo de graça, de belleza e de arte, de phantasia, de gosto e de seducção, tantas as mulheres bonitas que ali se dão "rendez-vous" e tanto a sala se ilumina da luz de um amoroso sonho."
Último parágrafo das ""Chronicas do Porto" , da autoria de João Grave, publicadas no Diário de Notícias de 21 de Novembro de 1904.
Etiquetas: História