quarta-feira, novembro 15, 2006

«Ainda» não foi desta

«Banco de Portugal ainda está pouco confiante no fim da crise», titula o Público. Para quê este «ainda» e o que signifca? Que em breve vai deixar de estar? E por que razão o excelente artigo de Sérgio Aníbal e Rudolfo Rebêlo no caderno de Economia do DN não está disponível online? Aí não há «aindas» mas podemos ler: «A ausência de uma recuperação do investimento (...) continua a constituir um factor limitativo para uma recuperação (...) do ritmo de crescimento da actividade económica» e «o Banco de Portugal não deixa de alertar para a existência de riscos (...) e diz que a volatilidade do comércio externo introduz uma incerteza considerável em torno das estimativas apresentadas», quanto às exportações. Logo à noite, vou ouvir Perez Metello na TVI. Depois disso, poderei continuar certo de que tudo vai correr pelo melhor neste melhor dos mundos que é o nosso. E que o Banco de Portugal «ainda» vai a tempo, para deixar de ser desconfiado.