Vão-se os anéis, fiquem os dedos
Acaba de ser colocada em linha a notícia de que a Câmara Municipal de Lisboa recuou no seu projecto de venda de património imobiliário. Como pode ser lido aqui: «A venda dos imóveis gerou a contestação da oposição na Câmara Municipal e do movimento de cidadãos Fórum Cidadania Lisboa, por isso a autarquia desistiu de vender em hasta pública o palácio onde nasceu o Marquês de Pombal».
Hoje, neste artigo da autoria do João Pedro Henriques, é noticiado outro projecto, encabeçado por Maria José Nogueira Pinto, de entregar à Banca «as rendas futuras pagas pelos inquilinos dos bairros sociais».
Espero que ceder no primeiro caso não seja uma forma de calar os protestos no que diz respeito ao segundo. Tenho uma forte componente de preocupação social, o que se há-de fazer. Se é de dinheiro que precisam, prefiro que vendam o palácio onde viveu o Sebastião do que entreguem as casas de quem tem pouco à gestão dos bancos. Quem sabe, pode ser que - também aqui - a Câmara recue. E também se movam esses movimentos de cidadania alfacinha.