Imprensa do coração
Comprei o Correio da Manhã logo a seguir ao pequeno-almoço. Isso é algo nada usual em mim, por uma simples razão: A leitura do Correio da Manhã provoca-me habitualmente medo. E é justificado. Hoje, apesar de ser umas das suas edições mais calmas, o jornal abre com uma "guerra santa" sobre os cristãos e execuções pela máfia do Leste em Leiria e encerra com um furacão que ameaça pulverizar os Açores. Pelo meio, há as habituais páginas de casos de polícia que, sempre que as leio, me dão vontade de comprar uma Magnum .44 obviamente ilegal.
Se eu fosse teórico da conspiração (o que não sou, apesar de ter um rabo igual ao do Mel Gibson), diria que o CM reduziu a quatro linhas a campanha de prevenção de acidentes rodoviários, que hoje começa, porque iniciativas como essa lhe retiram o ganha-pão. Com efeito, se o nosso Portugal tivesse uma criminalidade equivalente à da Coreia do Norte, o CM existiria? Tenho dúvidas, mas prefiro taquicardia logo pela matina a uma ditadura nepotista.