Confissões de um fura-greves
O procurador-geral da República cessante, Souto Moura, dá à edição de hoje da revista Tabu, publicada com o semanário Sol, uma entrevista que é muito esclarecedora sobre a sua personalidade. Justificando o facto de em 1969 ter "furado" uma greve universitária em Coimbra, quando frequentava a Faculdade de Direito, Souto Moura fornece o pior dos argumentos: não agiu assim por convicção, o que seria discutível, mas por mera conveniência, o que é inaceitável. Na idade de todos os idealismos, já se comportava deste modo: "A minha preocupação principal era não chumbar o ano." Palavras dele próprio, para que não haja equívocos. Fica tudo dito sobre a personagem...