A esquerda mais exótica da Europa
Sem menosprezo para o "bate-papo" de Ana Paula Azevedo e Vítor Rainho com Souto Moura, a melhor entrevista desta edição do Sol é com o escritor chileno Luis Sepúlveda, grande amigo de Portugal. Gosto dos livros dele e discordo de muitas das suas ideias políticas - a começar pelo incondicional apoio que tem dado à ditadura cubana. Mas, em resposta às perguntas da jornalista Maria Francisca Seabra, Sepúlveda faz uma das melhores caracterizações que já vi até hoje da esquerda portuguesa, considerando-a "a mais exótica da Europa". E justifica porquê: "São apenas dois e a cada meia hora dividem-se! Portugal é um país de barões políticos. Qualquer pessoa de esquerda que ache que tem pedigree sente-se moralmente autorizada para ser um líder."