sábado, setembro 23, 2006

Blogues em revista

Abrupto: “Há casos em que a distinção entre 'sociedade civil' e mundo político é perversa e enganadora. Um deles, evidente como um enorme reclame de néon, é o do Compromisso Portugal. A iniciativa é política até ao tutano, traduzindo a politização do nosso mundo de gestores (e em menor grau de empresários, menos representados na reunião), mas afirma parar à porta da política, quer-se dizer da política partidária, mecanismo pelo qual nas democracias se conseguem os votos para governar." (José Pacheco Pereira)
Portugal dos Pequeninos: “Quem aterrasse em Portugal, ainda por cima com o engº Sócrates em Nova Iorque, podia julgar que o dr. António Carrapatoso era o chefe do governo português. Não houve órgão de 'comunicação social' que se prezasse que não desse voz à 'boa-nova' prometida pelos discípulos do prof. Karamba da Vodafone. O provincianismo é mesmo assim. Deslumbrado e, ele sim, irreformável." (João Gonçalves)
Kontratempos: “Discursando na Assembleia Geral da ONU, Hugo Chávez referiu-se a George W. Bush como 'o diabo'. O materialismo histórico já não é o que era.” (Tiago Barbosa Ribeiro)
Da Literatura: “A esquerda e a direita democráticas são adversárias, não são inimigas. É importante que se reconheçam e se digladiem de forma clara, para que nesse confronto não se percam apoios para os sectores radicais, para as margens, onde – aí sim – se albergam os inimigos da democracia." (João Paulo Sousa)
Miss Pearls: “Temos que chegar [a Cuba] antes que o capitalismo selvagem leve a banda larga livre, as televisões privadas, as netcabos, os jornais, carros posteriores a 1970, iogurtes, o leite pasteurizado, as radios, os ipods, o dvd, os cornflakes, as cervejas em lata, a Zara, a Victoria's Secret, o Mac Donalds, os roll on, a Fnac, os micro-ondas, os computadores, a Habitat, a Boots, os cartões de crédito, o código de barras, os toalhetes de limpar o pó e o shampoo de aloe vera.” (Isabel Goulão)
Incontinentes Verbais: “E magistrados do ministério público ou funcionários judiciais, quantos é que foram acusados [no caso do Envelope 9]? Ou será que os jornalistas tiveram acesso aos referidos documentos por simples magia!? Se o rídiculo matasse..." (Rui Castro)