Restaurantes populares ou talvez não
O Diário de Notícias tem vindo a eleger, todos os sábados, os melhores restaurantes portugueses, dividindo-os por variados géneros. Este sábado coube a vez aos "restaurantes populares", categoria talvez demasiado abrangente, que se presta a alguns equívocos. Nada tenho a dizer quanto ao primeiro lugar atribuído ao Galito - um dos melhores restaurantes de Lisboa, especializado em sabores tradicionais alentejanos - nem ao segundo posto, que recaiu ex-aequeo na Casa Aleixo (um restaurante bom e barato que nunca deixo de frequentar nas minhas frequentes idas ao Porto) e no lisboeta Salsa e Coentros (que desconheço). Mas se o meu amigo Duarte Calvão me permite a intromissão em terreno alheio, torço o nariz a algumas escolhas do júri, composto por dez gastrónomos tão amadores como eu. Incluir o Poleiro (Lisboa) e a Tia Alice (Fátima) entre os restaurantes "populares", atendendo nomeadamente aos preços que ali se praticam, é um pouco abusivo. Percebo mal também por que motivo houve quem incluísse nesta categoria o Casanova (Lisboa), mais conhecido pelas suas pizzas. Muitos outros omitidos pelo júri mereciam no mínimo uma menção - do Múni (Lisboa), ao Camelo (Santa Marta de Portuzelo), do Artur (Carviçais) à Presuntaria Transmontana (Gaia). Mas volto ao princípio: o Galito foi uma boa escolha. Quem ainda lá não foi não sabe o que perde...