Nem todos
Jorge Ferreira generaliza, aqui. Pelo menos no que me diz respeito. Gosto de ouvir Pacheco Pereira. Gosto de ler as crónicas de Pacheco Pereira. Mas acho o Abrupto tão ilegível como hieróglifos sem uma Pedra de Roseta.
Uma salada de fontes e bonecos, uma caldeirada de textos dele, de autores e de leitores, um sortido rico de fotos sobre o trabalho no Sri Lanka e no Burundi, tudo isto tem o condão de escorraçar-me.
Como diriam os marketeiros, «não devo fazer parte do público-alvo». Ou então, sou simplesmente obtuso e bronco. Inclino-me mais para esta segunda hipótese.
Não se infira, daqui, que aprovo o ataque pirata de que foi alvo. Pelo contrário: Citando uma personagem do regressado Lucky Luke, acho que o criminoso «devia ser pendurado alto e curto». Ou, pelo menos, enviado para um campo de trabalhos forçados na Guiana Francesa, depois de devidamente fotografado.