A brigada anti-Scolari (I)
Os factos são indesmentíveis. Nunca a selecção nacional de futebol foi tão sólida, teve tão bons resultados e revelou tanto prestígio internacional como desde que Luiz Felipe Scolari assumiu as funções de seleccionador. Longe vão os tempos das "vitórias morais": com Scolari - que foi campeão do mundo pelo Brasil - Portugal sagrou-se em 2004 vice-campeão da Europa. Qualificou-se já para os oitavos-de-final no Campeonato do Mundo e tem neste momento a mais longa série de jogos sem perder. Contra todas as evidências, porém, mantém-se entre nós uma brigada de ferozes críticos que apontam baterias a Scolari. Uma brigada composta por "treinadores de bancada" cujos únicos créditos no futebol são os palpites que emitem à mesa do café - com a diferença, neste caso, de a mesa do café se transformar em coluna de jornal ou tempo de antena na televisão. Destacam-se, neste lote, Manuel Serrão, José Guilherme Aguiar e Miguel Sousa Tavares, indefectíveis portistas, que não conseguem vislumbrar sombra de mérito no trabalho de Scolari. Só mudariam de ideias, presumo, se por um passe de mágica o actual seleccionador viesse a treinar o FC Porto...