segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Dicionário da malfeitoria (6)

"Fizeram-se imputações muito graves em relação à hipótese do blogue Câmara Corporativa ser uma capa para que assessores do Governo possam espraiar as suas versões, muito próprias, acerca das vicissitudes da actualidade política nacional. Quem denunciou tem nome e deu a cara. Não estou certo onde reside a verdade. Mas sei que não gostei da reacção do blogue visado que iniciou uma série de ataques pessoais tentando desacreditar os acusadores, na esperança, quiçá, de assim conseguir desviar a atenção do conteúdo da mensagem. Evidentemente que os assessores do Governo têm o mesmo direito de qualquer cidadão de fazerem um blogue para escreverem as suas postas de serviço – mas, caso a acusação seja verdadeira, a artimanha de se fazerem passar por gente comum sem dever de vassalagem de opinião é que irrita um bocado. Tal como a ‘defesa de mero ataque’ que tão mal ensaiaram. Se a Câmara Corporativa queria desmentir a acusação foi contraproducente. Se só queria apoucar os seus acusadores ainda fez pior. É esperar para ver".

Conheço o Carlos desde 1997/98 - ainda andava ele pelo PP/Porto e incomodava muita gente com sua frontalidade e genialidade (era pró-regionalização, contra a doutrina oficial) - e desde aí o contacto tornou-se por vezes mais escasso, mas nunca se perdeu. Admiro-o pela coragem e pela inteligência, o que fica mais uma vez à vista neste post que ele colocou ontem na grande instituição de pensamento blogosférico que é o Blasfémias. O CAA lança questões importantes e, sobretudo, não ficou calado enquanto outros "bloggers" de renome assobiam para o lado na questão do "Miguel Abrantes". Excelente, até porque já produziu resultados. Veja-se o post do João Miranda e as caixas de comentários dos dois blasfemos. Há quem tente provar por A mais B que o "Miguel Abrantes" existe mesmo. Incluindo o próprio "Abrantes". Digam lá que não é uma delícia?