segunda-feira, dezembro 17, 2007

Afinal vai mais um poema

Sou um bocado conservador, prefiro o prazer à dor.
Aliás, um murro na cabeça provoca-me incerteza.
Talvez não seja um liberal porque aceito isso mal.
Concedo. Mas que querem? Não gosto de sentir medo.

«Não há insegurança» dizem com candura de criança
bloggers respeitáveis em espaços inquestionáveis.
Bom, então está certo. Sou eu que não acerto.
Tenho o QI limitado face ao crime organizado.

Devia desconfiar dos polícias e acreditar nas notícias:
«Há menos crimes agora e processos na Boa Hora».
As estatísticas (acredito) medem mesmo cada grito
com a precisão matemática da porrada mais fanática.

Talvez viver sossegado num condomínio fechado.
Encerrar as crianças num parque com seguranças.
Não passear de madrugada a pé por qualquer estrada
e só caminhar na praia enquanto o Sol não caia.

Estou certo que, então, serei de igual opinião:
O mundo não está perigoso e é um assunto escabroso
que na verdade nada interessa. Pois é. Homessa!

(A realidade não se engana. Os gajos é que não vão de cana).

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