Os oráculos
Escuto os oráculos. Um, dois, três, quatro, dez, trinta e cinco oráculos. Todos, com ar grave e compenetrado (excepto o Henrique Monteiro, que nunca pára de rir), garantem que Marques Mendes perdeu porque sim. O homem, coitado, não tinha jeito para a política. Seria derrotado por Menezes ou por outro qualquer.
Os oráculos, apesar do ar grave, têm piada. Prevêem sempre as coisas depois de acontecerem. Aí nunca se enganam. O pior é quando falam e escrevem antes. No caso da eleição directa para presidente do PSD, quase todos vaticinaram a vitória de Mendes. Quase todos produziram títulos e sentenças e "análises" em que pretendiam provar por A+B que os sociais-democratas apostariam na continuidade.
Viu-se.
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