Jantar
Algures num restaurante de Lisboa teve lugar mais um jantar do Corta-Fitas. Lá bem no alto, a noite quente que se fazia sentir lá fora trazia-nos uma cidade iluminada e encantadora, cenário de tantas confidências, boa disposição, razoável consonância, alguma discordância, com e sem gravata, humor e prazer de nos voltarmos a ver.
De fazer inveja a qualquer democracia participativa e a alguns blogs colectivos (hello?), o Corta-Fitas tem o grato prazer de se apresentar perfeitamente proporcional, sem recorrer a qualquer lei da paridade ou sistema de quotas. Devo acrecentar que inclusivamente houve lugar a votações secretas para eleição de alguns pontos da ordem do dia, apesar de ter havido quem as quisesse impugnar devido a eventuais irregularidades nos boletins de voto e na contagem dos mesmos. Finalmente tudo regressou à paz e à ordem assim que foi encontrado o voto em falta e que se encontrava a boiar à minha frente, em cima de um restinho de farófias que já não consegui comer.
De resto, os bifes de chorizo e as folhas de alcatra estavam perfeitas. Lamentavelmente, é tudo o que posso acrescentar sobre a ementa: as notas que tomei serviram de "boletins de voto". Como saberão, a democracia não é um sistema perfeito.
Mas há ainda muito mais a dizer. Eu é que já não consigo dizer mais nada. Amanhã conto tudo, ou quase tudo. E com a fotografia do costume, assim alguém tenha competências para fazer uso de tanta high tech que só visto. Até já.
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