O assalto e o papel da GNR
Ainda sobre o caso de Silves, que o Duarte já aqui ontem abordou, registo que, desta vez, Marques Mendes esteve bem ao exigir explicações do ministro da Administração Interna e do próprio primeiro-ministro sobre a invasão de uma propriedade por parte de uma série de irresponsáveis que deitaram abaixo uma plantação particular de milho transgénico. O presidente do PSD sugeriu ainda que deve haver uma reunião da comissão permanente da Assembleia da República sobre o assunto.
Parece que o ministro Jaime Silva, responsável pela pasta da Agricultura, vai hoje visitar a Herdade da Lameira, onde atacaram os "activistas". É pouco, digo eu. Porque o caso não tem só a ver com a contestação aos organismos geneticamente modificados, a legalidade ou a ilegalidade da plantação. Para mim, tratou-se de uma invasão de propriedade privada, que ainda por cima foi filmada em directo e a cores pelas televisões, pela certa devidamente avisadas pelos "activistas". Nessas filmagens o que eu vi foi uma GNR passiva, nada actuante perante um bando de encapuçados e com uma única preocupação: aparecer bem nas televisões. Ora, este é um caso que mina a autoridade do Estado, deixa-nos a todos nós preocupados com o que será a actuação de uma força de segurança num caso que se passe connosco. Com as nossas terras, os nossos bens, as nossas vidas. Em mais uma coisa estou de acordo com Mendes: tem que haver consequências. Uma força que actua com aquela passividade e bonomia numa invasão só pode estar corroída pela inércia e pelo desrespeito à sua função legal. Isto ainda é um Estado de Direito, ou não?
Parece que o ministro Jaime Silva, responsável pela pasta da Agricultura, vai hoje visitar a Herdade da Lameira, onde atacaram os "activistas". É pouco, digo eu. Porque o caso não tem só a ver com a contestação aos organismos geneticamente modificados, a legalidade ou a ilegalidade da plantação. Para mim, tratou-se de uma invasão de propriedade privada, que ainda por cima foi filmada em directo e a cores pelas televisões, pela certa devidamente avisadas pelos "activistas". Nessas filmagens o que eu vi foi uma GNR passiva, nada actuante perante um bando de encapuçados e com uma única preocupação: aparecer bem nas televisões. Ora, este é um caso que mina a autoridade do Estado, deixa-nos a todos nós preocupados com o que será a actuação de uma força de segurança num caso que se passe connosco. Com as nossas terras, os nossos bens, as nossas vidas. Em mais uma coisa estou de acordo com Mendes: tem que haver consequências. Uma força que actua com aquela passividade e bonomia numa invasão só pode estar corroída pela inércia e pelo desrespeito à sua função legal. Isto ainda é um Estado de Direito, ou não?