O "alívio fiscal"
À atenção do Pedro e do Paulo: "Eduardo Catroga, amigo de longa data de Marques Mendes e conotado com o cavaquismo no PSD, considerou ontem que 'não há condições para baixar os impostos' para já, até porque uma decisão desta natureza implica, em paralelo, o corte na despesa pública corrente. Contudo, se o Executivo alcançar reduções na despesa pública, então, em 2008 ou 2009, deve ser dado um sinal de 'um alívio da carga fiscal' para as famílias e as empresas. O ex-ministro de Cavaco Silva contraria, assim, as ideias de Miguel Frasquilho. Que preconizava já uma baixa de impostos. Em seu entender, o Estado deve concentrar esforços para criar condições para a baixa de impostos e aumentar a riqueza. Questionado sobre a razão pela qual decidiu integrar a equipa que elaborará a moção de Mendes, o economista explicou que tem colaborado pontualmente com o actual presidente do partido e que foi solicitado, mais que uma vez para o fazer. Catroga insiste que apoia Mendes em nome da estabilidade".
Como se sabe, Frasquilho é uma voz autorizada junto de Mendes. Está na direcção da bancada parlamentar, participou activamente na campanha de Negrão, é sempre ouvido pelo líder do PSD em matéria de economia e finanças. Mendes, que se saiba, pensa o mesmo que o seu deputado, mas acaba de ser contrariado por uma das pessoas que escolheu para fazer a moção de estratégia com que julga vir a ser reeleito presidente do partido. Que tal alguma estabilidade ao nível das ideias?