Cinema Nostalgia (4)
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Mas nunca ela me seduziu tanto como no mais intangível dos papéis que criou: n’ O Retrato de Jennie, de William Dieterle – perfil recortado no nevoeiro, fazendo acelerar a pulsação de Joseph Cotten. E a minha, rendida de vez ao seu encanto hipnótico.
Não há amor como o primeiro: prendi-me a outras mulheres, perdi-me por outras actrizes, mas nenhuma me fez esquecer Jennifer Jones. Nem os planos rodados no Central Park envolto em névoa desse filme onírico que nunca mais revi. Pergunto-me o que será feito dela: vislumbrei-a pela última vez dançando com Fred Astaire n’ A Torre do Inferno, mas ela parecia já não estar ali, parecia já não ser deste mundo. Senti-me como Joseph Cotten, enquanto do recanto mais fundo da memória emergiam trechos do belíssimo tema de Dimitri Tiomkin, inspirado em Debussy: “With a portrait of Jennie / I will never part / For there isn’t / Any portrait of Jennie / Except in my heart.”
A primeira actriz por quem me apaixonei há-de ser um eterno enigma para mim.
Não há amor como o primeiro: prendi-me a outras mulheres, perdi-me por outras actrizes, mas nenhuma me fez esquecer Jennifer Jones. Nem os planos rodados no Central Park envolto em névoa desse filme onírico que nunca mais revi. Pergunto-me o que será feito dela: vislumbrei-a pela última vez dançando com Fred Astaire n’ A Torre do Inferno, mas ela parecia já não estar ali, parecia já não ser deste mundo. Senti-me como Joseph Cotten, enquanto do recanto mais fundo da memória emergiam trechos do belíssimo tema de Dimitri Tiomkin, inspirado em Debussy: “With a portrait of Jennie / I will never part / For there isn’t / Any portrait of Jennie / Except in my heart.”
A primeira actriz por quem me apaixonei há-de ser um eterno enigma para mim.