Às vezes a vida cabe numa só frase
O André Moura e Cunha andou há tempos a compilar algumas das mais memoráveis aberturas de obras que marcaram a história da literatura. Na altura, dei também o meu contributo. Apetece-me, já fora de tempo, voltar ao assunto. Para assinalar aqui o inesquecível parágrafo de abertura que Paul Nizan escreveu em Aden-Arábia: “Eu tinha vinte anos e não permitia que ninguém dissesse ser essa a mais bela idade da vida.”
Conheço há muito esta frase. Desde os meus vinte anos. E nunca cessei de concordar com ela. Nizan – que viria a suicidar-se em 1940, com apenas 35 anos – sabia muito bem o que dizia. Há palavras que nos parecem vir do fundo da alma de um escritor. Estas que citei, por exemplo. Palavras tão antigas como o confim dos tempos e tão actuais como o sol desta manhã.
Conheço há muito esta frase. Desde os meus vinte anos. E nunca cessei de concordar com ela. Nizan – que viria a suicidar-se em 1940, com apenas 35 anos – sabia muito bem o que dizia. Há palavras que nos parecem vir do fundo da alma de um escritor. Estas que citei, por exemplo. Palavras tão antigas como o confim dos tempos e tão actuais como o sol desta manhã.