sexta-feira, julho 27, 2007

O partido do "porque não"

"O PSD nasceu como partido do 'porque sim' e está transformado num partido do 'porque não'. Não é saudável que todos os 'laranjinhas' com que me cruzo achem que Marques Mendes não serve, que Menezes é um perigoso populista a deter a todo o custo e que, apesar disso, se resignem a este estado de coisas."
José Miguel Júdice, Público
"A personagem precisa de ficar remota para sobreviver. Basta que o país saiba que Sócrates manda e gosta de correr; e que o veja de longe em ocasiões cuidadosamente encenadas. Qualquer improvisação é um perigo, como já se constatou no estádio do Benfica. Seguro (e normal) é o episódio do Centro Cultural de Belém a 30 euros por figurante. No dia em que o país confundir o primeiro-ministro com um ser humano acaba a festa, ou, se quiserem, o 'evento'."
Vasco Pulido Valente, ibidem
A verdade é esta. Mais coisa, menos coisa. E é grave que no PSD ninguém queira agarrar as rédeas de um partido que, historicamente, nunca virou a cara à luta. A maior parte da elite laranja pensa que Sócrates está de pedra e cal antes e depois de 2009. Tudo gente que não sabe o que se passa nas ruas, nas empresas, nas escolas e nas casas. Gente que confunde o green do golfe que joga ao fim de semana com a paisagem que está à volta de milhares e milhares de pessoas. Que de verde não tem nada.