O capacete de esquerda
Parece que Maria Elisa se prepara para voltar à RTP1 com três novos programas, um deles já no próximo domingo sob a fórmula de um grande debate informativo sobre o ambiente e o aquecimento global. Outro, em Outubro, irá centrar-se em grandes acontecimentos que marcam a agenda nacional e o terceiro, para Janeiro de 2008, é um projecto próprio. Até aqui, nada de extraordinário, não fosse eu tê-la visto ontem numa iniciativa da campanha eleitoral de António Costa em Lisboa. A ela e a mais alguns jornalistas no activo, que têm todo o direito de exercer os seus direitos de cidadania, desde que não estejam a tratar no momento a causa que ali defendem.
Elisa ainda não está, mas fico curioso para saber a reacção de alguma comunicação social e de alguns comentadores, justamente aqueles que a condenaram por ter aceite o convite de Durão Barroso para integrar a bancada parlamentar do PSD como deputada e depois ter rumado a Londres para a nossa embaixada, onde foi conselheira cultural até há pouco tempo. Quando era com o PSD estava tudo mal, agora que é com o candidato do PS está tudo bem, não é? Queria ver o que seria se o Luís Delgado ou a Inês Serra Lopes, só para dar dois exemplos, aparecessem assim de repente a apoiar o Fernando Negrão, o Carmona Rodrigues ou o Telmo Correia. Caía o Carmo e a Trindade.
Por essas e por outras é que de vez em quando dou razão ao Paulo (Portas), que me dizia há uns tempos que este País continua a viver, em termos culturais, sociais e comunicacionais, com um "capacete de esquerda". A expressão é dele e continua a fazer todo o sentido.
Elisa ainda não está, mas fico curioso para saber a reacção de alguma comunicação social e de alguns comentadores, justamente aqueles que a condenaram por ter aceite o convite de Durão Barroso para integrar a bancada parlamentar do PSD como deputada e depois ter rumado a Londres para a nossa embaixada, onde foi conselheira cultural até há pouco tempo. Quando era com o PSD estava tudo mal, agora que é com o candidato do PS está tudo bem, não é? Queria ver o que seria se o Luís Delgado ou a Inês Serra Lopes, só para dar dois exemplos, aparecessem assim de repente a apoiar o Fernando Negrão, o Carmona Rodrigues ou o Telmo Correia. Caía o Carmo e a Trindade.
Por essas e por outras é que de vez em quando dou razão ao Paulo (Portas), que me dizia há uns tempos que este País continua a viver, em termos culturais, sociais e comunicacionais, com um "capacete de esquerda". A expressão é dele e continua a fazer todo o sentido.