Família feliz
Vejo nos jornais de hoje que os chineses mais endinheirados e mais poderosos estão a transgredir a lei de limitação de nascimentos. A informação deverá ter origem numa única fonte oficial, uma vez que todas as agências usam o mesmo caso extremo: um deputado teria mesmo - grande maluco - quatro filhos, de mulheres diferentes.
O aparelho já reagiu: exige que sejam endurecidas as medidas contra os faltosos. O controlo de natalidade através da política do filho único ainda vai estar em vigor nas gerações nossas contemporâneas.
É por isso que me dá especial prazer entrar nas lojas chinesas e observar as crianças a correrem no meio dos cabides, a dormirem atrás do balcão, a porem as mochilas às costas para irem para a escola...
Não partilho nenhuma das teorias que promovem a maternidade ou paternidade à qualidade de resposta para a condição humana - ou, dito de outra forma, há poucas coisas que me irritem mais do que as mulheres que dão entrevistas a dizer que, desde que foram mães, descobriram a razão da sua existência e outras tretas do género. Mas ter o Estado a dizer-nos que só podemos ter um filho?!? Presumo que só apeteça emigrar para um país qualquer, pode ser Portugal, e desatar a procriar. Eu, era o que faria.