Televisão à distância
Cada vez vejo menos televisão. E sou cada vez menos espectador dos canais generalistas, em sinal aberto. Desgosta-me a informação da TVI, que já foi irreverente e hoje é irrelevante, com um tom sensacionalista que me desagrada: grita as notícias, em vez de as relatar. Passo ao lado de toda a programação deste canal e também da SIC – ambas afogadas em telenovelas, com mau português em vários sotaques e legiões de manequins promovidas a actrizes. Se não fossem os canais por cabo, quase estaria de relações cortadas com a televisão portuguesa, que praticamente virou costas ao noticiário internacional. Vale-me a TV Cabo, com noticiário espanhol, inglês, francês e norte-americano (o brasileiro da Globo, lamentavelmente, deixou de estar acessível aos telespectadores portugueses). A nível nacional, limito-me portanto aos noticiários da SIC Notícias e da RTP N – ambas no pacote de canais da TV Cabo.
E restam os programas de debates, que felizmente se mantêm. Estes sim (e só estes) agarram-me ao televisor.
E restam os programas de debates, que felizmente se mantêm. Estes sim (e só estes) agarram-me ao televisor.