España me mata
O que dizer do editorial do El País de hoje? Na mouche. Sob o título "Dinámico Sarkozy", o jornal espanhol sustenta que "con Sarkozy en Madrid, ayer vimos otra Francia más dinámica. Para empezar, un presidente con prisas por sacar a Europa de su atolladero constitucional, en lo que coincidió con Zapatero". Garantindo ainda que Sarko "es también un presidente que llega con muchas ganas de trabajar con España en casi todo y con nuevas e interesantes ideas sobre el Mediterráneo", o El País desfaz-se em elogios ao novo presidente francês. Vindo de onde vem, é de registar.
Mas é também muito interessante que a visita de Nicolas Sarkozy a Madrid acontece poucos dias antes da ida de Sócrates a Paris, para discutir vários pontos essenciais da futura presidência portuguesa da União Europeia. Resumindo: enquanto Sarkozy se digna a ir a Madrid, Sócrates foi chamado ao Eliseu. Para mim, isto está claro: o presidente francês quer discutir a Europa com quem quer e com quem conta. E não com quem faz de conta. Com esta atitude, Sarkozy acaba de desviar de Lisboa para Madrid o eixo estratégico da próxima presidência da UE. Foi lá que quis discutir em primeiro lugar a nova prioridade, o Mediterrâneo, e foi lá que deu os primeiros passos para o lançamento do Tratado Constitucional simplificado. Não foi cá, infelizmente.
Por falta de influência do actual Governo português, que, a um mês do início da presidência portuguesa, não levou o assunto ao Parlamento (o debate mensal de ontem devia ter sido sobre esta matéria), não o discutiu institucionalmente com os líderes dos outros partidos e prepara-se para ser ultrapassado por Belém, quando Cavaco Silva reunir o seu Conselho de Estado com a presença especial do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. Não havia necessidade.
Mas é também muito interessante que a visita de Nicolas Sarkozy a Madrid acontece poucos dias antes da ida de Sócrates a Paris, para discutir vários pontos essenciais da futura presidência portuguesa da União Europeia. Resumindo: enquanto Sarkozy se digna a ir a Madrid, Sócrates foi chamado ao Eliseu. Para mim, isto está claro: o presidente francês quer discutir a Europa com quem quer e com quem conta. E não com quem faz de conta. Com esta atitude, Sarkozy acaba de desviar de Lisboa para Madrid o eixo estratégico da próxima presidência da UE. Foi lá que quis discutir em primeiro lugar a nova prioridade, o Mediterrâneo, e foi lá que deu os primeiros passos para o lançamento do Tratado Constitucional simplificado. Não foi cá, infelizmente.
Por falta de influência do actual Governo português, que, a um mês do início da presidência portuguesa, não levou o assunto ao Parlamento (o debate mensal de ontem devia ter sido sobre esta matéria), não o discutiu institucionalmente com os líderes dos outros partidos e prepara-se para ser ultrapassado por Belém, quando Cavaco Silva reunir o seu Conselho de Estado com a presença especial do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. Não havia necessidade.