Sou a favor do direito à greve
Já aqui o disse. O que não sou é a favor da forma como os sindicatos continuam a utilizar a greve para os seus propósitos. É obvio que recorrer a ela como mecanismo praticamente exclusivo de comunicação para os seus argumentos tem efeitos perversos. Demasiado ruído, demasiada criação de anti-corpos na população pelos efeitos causados, efeitos demasiado episódicos pois, dias passados, já ninguém se recorda dos soundbytes e chavões apresentados por aqueles porta-vozes, todos clonados e leitores da mesma cartilha de palavrosa indignação. Muita emoção e quase nenhuma explanação racional do que está de facto em causa. Já agora, o Sindicato dos Jornalistas não aderiu a esta greve geral? Qual o impacto que isso teve hoje nas redacções? Imagino que nenhum. Parece que no Parlamento se vai discutir «o clima de medo» em alguns meios de comunicação. Se não fazem greve, então fazem o quê? Compram um cão?
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