Postal não ilustrado
Da minha janela vê-se o mar. Está furiosamente belo, o mar. Como escreveu Giuseppe Ungaretti, alexandrino mas filho de italianos e um dos melhores poetas da sua e de todas as línguas: «M'illumino d'immenso», aqui. O ocaso do Sol principia. Não há televisão ligada, nem música outra que não a das próprias vagas. Há um computador e uma placa 3G da Vodafone, isso há. Mas nada mais. E lá em baixo o silencioso chamado de uma praia deserta, convidando. A quê, isso já não é da vossa conta, seus bisbilhoteiros.