Flop geral
Não adianta esgrimir com números. Bastou ontem sair à rua para perceber que a iniciativa da CGTP foi um flop. Uma greve geral digna desse nome não pode ser apenas uma greve da função pública. E se formos a ver, quem aderiu foram os do costume: administração pública, transportes, professores e pouco mais.
Se houvesse menos gente em situação precária no emprego a adesão à greve teria sido maior? Em teoria, sim. Mas na prática arrisco a dizer que não. Menos precaridade e já agora mais emprego esvaziariam as razões dos sindicatos, diminuiriam a base de contestação social ao governo, logo o número potencial de grevistas. Pelo que se conclui que uma "greve geral" convocada pelos motivos que foram invocados para esta nunca teria grande expressão. Foi um erro estratégico da CGTP que Carvalho da Silva bem soube prever...