Editoras aos solavancos
Fiz na sexta-feira a minha primeira incursão à Feira do Livro deste ano. Era uma tarde de chuva, poucas pessoas percorriam os pavilhões desabrigados. A meio de uma das alamedas, dois conhecidos editores, Carlos Veiga Ferreira, da Teorema (e presidente da União dos Editores Portugueses), e Zeferino Coelho, da Caminho, conversavam, aparentemente alheados de tudo. Analisariam a anunciada compra da Caminho por Miguel Pais do Amaral, que ainda há pouco se gabava de “não ter paciência” para leituras profundas? Depois da aquisição das Publicações Dom Quixote por uma empresa espanhola, o mundo editorial português vai sofrendo sucessivos abalos. De consequências imprevisíveis.