Aquele abraço
A cena indescritível protagonizada por um grupo de secretários de Estado e um ex-ministro que se candidata em Lisboa é, para mim, de uma notória falta de sentido de Estado. Eu sei que as televisões adoraram, que toda a gente hoje em dia acha normal que um grupo de governantes e homens de responsabilidade na alta hierarquia do Estado se abrace à boa maneira da liga de basketball norte-americano, mas eu não vou nessa. Eu vou continuar a ser antiquado e a achar que nestas ocasiões deve haver sempre um certo respeito e contenção. Os abraços e os give me five podem esperar por um qualquer jantar de despedida em restaurantes como o Terreiro do Paço ou o Eleven. Em Belém a etiqueta é outra.