Querer nem sempre é poder
Uma Lisboa iluminada e eu num restaurante habitualmente agradável mas hoje infestado por um grupo de adolescentes, jovens adultos, pequenos animaizinhos tão descontrolados que nem os saltos hormonais as desculpam (sim, elas gritam sempre mais alto. Desconhecem os decibéis adequados da fala). Leio e abstraio, ou tento abstrair-me.
Há duas revistas com que sonham desde sempre os melhores editores e fotógrafos que temos, os mestres gráficos, sem que alguma vez tenham conseguido emular uma delas: A New Yorker e a Vanity Fair. Ou mellhor, a Atlântico será em essência a primeira e mais meios tivesse mais alcançara. A segunda, essa, não é para pobrezinhos. Um homem saliva com a publicidade mas é com as reportagens que atinge o orgasmo. Elas têm todo o tempo do mundo, todo o espaço. A Vanity Fair vai directa aos mecanismos de prazer no cérebro e daí espalham-se os tremores para todo o corpo.
Este número que li foi o que tem capa de Março, dedicado aos Óscares e a Hollywood. Mas não é pela fotografia de Warren Beatty por Herb Ritts que falo, Warren em meias brancas, imaginem vós ó consciências bobones do correcto pronto-a-vestir. Nem do dossier deslumbrante de fotografias de Annie Leibovitz, «Killers kill, dead men die» numa homenagem ao film noir, com os actores e actrizes de hoje (ver imagem junta). Não.
Falo do perfil traçado por Michael Wolff da mulher que ascendeu e caiu no império Murdoch. Judith Regan, a bitch que liderava a Harper Collins e cujo descalabro está umbilicalmente ligado ao livro de O. J. Simpson que não chegou a atingir os escaparates, tal era a sua obscena manipulação dos reflexos salivares de uma nação tablóide.
Uma revista que se lê porque toda a informação é nela servida com o savoir faire de um (mais do que um) verdadeiro chef da prosa e o empratamento de fotografias que estão para além da classificação das estrelas. Beleza pura (onde é que já ouvi isto?).
Há duas revistas com que sonham desde sempre os melhores editores e fotógrafos que temos, os mestres gráficos, sem que alguma vez tenham conseguido emular uma delas: A New Yorker e a Vanity Fair. Ou mellhor, a Atlântico será em essência a primeira e mais meios tivesse mais alcançara. A segunda, essa, não é para pobrezinhos. Um homem saliva com a publicidade mas é com as reportagens que atinge o orgasmo. Elas têm todo o tempo do mundo, todo o espaço. A Vanity Fair vai directa aos mecanismos de prazer no cérebro e daí espalham-se os tremores para todo o corpo.
Este número que li foi o que tem capa de Março, dedicado aos Óscares e a Hollywood. Mas não é pela fotografia de Warren Beatty por Herb Ritts que falo, Warren em meias brancas, imaginem vós ó consciências bobones do correcto pronto-a-vestir. Nem do dossier deslumbrante de fotografias de Annie Leibovitz, «Killers kill, dead men die» numa homenagem ao film noir, com os actores e actrizes de hoje (ver imagem junta). Não.
Falo do perfil traçado por Michael Wolff da mulher que ascendeu e caiu no império Murdoch. Judith Regan, a bitch que liderava a Harper Collins e cujo descalabro está umbilicalmente ligado ao livro de O. J. Simpson que não chegou a atingir os escaparates, tal era a sua obscena manipulação dos reflexos salivares de uma nação tablóide.
Uma revista que se lê porque toda a informação é nela servida com o savoir faire de um (mais do que um) verdadeiro chef da prosa e o empratamento de fotografias que estão para além da classificação das estrelas. Beleza pura (onde é que já ouvi isto?).
Etiquetas: Imprensa